quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A história da droga

Se pararmos para uma discussão a respeito das drogas, não chegaremos a muita coisa.
Os fervorosos dirão que é o mal da humanidade, pra muitos, realmente é, pra outros, não.
Mas enfim, a questão desse tópico não é discutir!
Foi aberta ma exposição em Londres, chamada "High Society", que conta boa parte da história das drogas.
Inicia-se antigo Egito e termina nas drogas sintéticas de hoje. Sem criar julgamentos, a exposição retrata as drogas que a sociedade, em diferentes lugares e momentos utilizaram – das ilegais maconha e cocaína aos lícitos álcool e cafeína, a cogumelos alucinógenos e etc.
Também retrata vários escritores que utilizaram drogas e suas obras, como Aldous Huxley que escreveu "As portas da percepção" sobre efeito de mescalina, LSD e etc. Acredita-se que Robert Louis Stevenson tenha escrito “O Estranho Caso de Dr. Jekyll e Mr. Hyde” sob os efeitos de um alucinógeno similar ao LSD. Samuel Taylor Coleridge teria criado “Kubla Khan” após uma viagem de ópio e Charles Baudelaire relata suas experiências com haxixe e ópio em “Paraísos Artificiais”.
Há também um experimento da Nasa com aranhas que demonstra que a cafeína, mais do que qualquer outra droga, fazia com que esses aracnídeos tecessem teias bem diferentes.
Fala também dos efeitos recreativos, os resultados danosos e por que o ópio contribuiu para a expansão do império britânico.
Na parte destinada a objetos – mais de 200 – há pinturas, gravuras, colírios da era Vitoriana, cachimbos de diversos formatos e kits para drogas injetáveis.
No início do século 20 era prática comum em muitas culturas ocidentais tratar tosse de crianças com xarope à base de heroína ou dar cigarros de maconha aos asmáticos.
Essa maré de alegrias começa a mudar em 1920, quando o temor com os problemas de saúde gerados pelas drogas cresceu. Em 1961, uma convenção das Nações Unidas levou à criminalização generalizada dessas substâncias.
“A presença das drogas em nossa cultura é algo muito confuso e sempre questionado. Acho interessante ter essa noção de que o consumo existiu em outros períodos”, diz Mike Jay, historiador responsável pela curadoria da exposição.
Segundo ele, o papel britânico no comércio de ópio é um ótimo exemplo.
Em meados do século 19, a Grã-Bretanha era a potência mais desenvolvida do mundo. Mesmo poderosa, precisava vender suas mercadorias às nações em expansão. O mercado chinês era fechado a qualquer possibilidade de comércio, mas havia um produto que despertava o interesse da chinesada: o ópio.
A fim de compensar o prejuízo nas relações comerciais com a China, os ingleses começaram a traficar o ópio que eles produziam na Índia. O caldo entornou quando o consumo da droga explodiu na China – causando sérios problemas de saúde pública – e o governo decidiu acabar com a festa. O resultado foi a Guerra do Ópio.

A mostra fica em cartaz até 27 de fevereiro.

Algumas imagens da exposição:

2 chineses utilizando ópio:


Um estoque em uma fábrica de ópio


Centro do ópio (eu não sei se seria um centro e utilização ou de tratamento):


Algumas espécies de cogumelos (alguns alucinógenos):


Xarope a base de maconha:


Heroína medicinal:


Vinho a base de coca

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